sábado, 6 de novembro de 2010

a quiche, que chic!


Eram 6h37 minutos quando meus olhos estalaram na manhã deste sábado. Deixei para última tarefa da semana do Danada da Nanda o feitio das quiches de shitake. Estreantes no cardápio elas consumiram dias e dias, neurônios e neurônios e gotas de ansiedade da cozinheira. Quiche é fácil de fazer, tudo bem. Mas quiche sem gordura é algo praticamente impossível. Por isso de tanta apreensão e dedicação.


Hoje era o último dia, era a última chance de pensar e repensar e testar a idéia maluca de colocar ricota na fina e leve massa da tortinha que levaria recheio de shitake. Levantei, lavei o rosto, troquei de roupa e bora para o sacolão buscar o que faltava: farinha integral e ovos frescos. Dia cinza e garoa em Sampa. Perfeito!


Mão na massa. Lá fui eu inventar moda. Farinha de trigo comum, farinha de trigo integral, leite desnatado e ricota. Amassa que amassa a massa que não amassa. Ai, vai. Amassa. Hum...é, não dá. Sem manteiga não foi. Rendi-me a uma porção de duas colheres de margarina ligth, afinal, já que tenho que me render que seja pelo menos calórico possível. Amassa a massa que é massa. Deu, foi. Ficou. Salguei. Rezei.


Fui para o recheio. Shitake, ovos batidos, umas gostas de leite e os pózinhos de bruxaria, como diz Ucha, minha irmã mais velha. "Benhê, você não abre as forminhas e passa uma ágüinha para mim...?". Sim, fiz manha e ganhei uma mãozinha e uns beijinhos. Afinal, estava tensa e precisava de uma força moral.


Uma por uma recheada. Forno já aceso e curiosidade a milhão. Calor nelas. Sabe televisão de cachorro? Aquela de padaria na qual o cão fica cuidando do frango...? Sim, era eu na cozinha de casa cuidando das quiches...afinal, quanto tempo deixar ali? Exatos 35 minutos e achei que elas me diziam que estavam prontas.


Já começava um sorriso se estampar em meu rosto. Uma felicidade se continha dentro de mim esperando a hora de abocanhar aquela redondinha. Tirei da forminha, coloquei num pires e ali mesmo, na bancada da cozinha, provei o primeiro pedaço. Yupiiii, yupiii, yupiii...a massa derreteu na boca, o shitake apareceu e o creminho de ovos acabou por juntar tudo em um único sabor que achei leve e bem bem apresentável para seus companheiros couscous marroquino de legumes e creme de cenoura.


Agora me digam vocês que provarão o que acharam, tá?


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