quarta-feira, 17 de agosto de 2011

calabresa com chanpagne e alho-poró




O sabor deste prato está inversamente proporcional à qualidade da foto. Apesar de que a calabresa está embaçadinha também por conta de cremosidade que tomou conta deste prato. O arroz arbóreo tem esta característica; quando cozido corretamente ele cria um espesso creme que envolve seus grão e tudo o que estiver à volta.

No caso a cebola, salsão picado, o alho-poró e a linguiça calabresa defumada, esta última a primeira a ir para a panela seguida pela cebola. Juntas e curtidas receberam a visita do arroz que ali ficou fritando no que a linguiça pôde oferecer de gordura. Alho-poró chegou junto e logo em seguida um belo banho de vinho espumante, a champagne.

Acho esta parte um show à parte. A champagne quando cai na panela não apenas faz aquele barulhinho de quem está salvando os ingredientes de um calor dos infernos como também borbulha fazendo subir uma linda espuma de sabores.

Daí por diante foi só ir derrubando, aos poucos, o caldo de legumes feito apenas com salsão, cenoura e cheiro-verde. O grande trabalho do risoto mora nesta parte da história. Mexer a cada pouco e constantemente é o grande segredo. Só assim o arbóreo consegue desenvolver seu papel de arroz de risoto. Não deixar passar do ponto também é importante, ainda mais para a clientela que recebe o prato congelado e o seu conteúdo passará por um descongelamento que propicia mais um tanto de cozimento.

Pozinhos de pirlimpimpim e lá está o risoto lindo e cheiroso, encorpado e bem pesado para fazer de sua refeição um momento de descanso e prazer.

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