Este é o arroz de forno - versão ragu de calabresa - desmontado. A ideia de fazer arroz de forno vem dos almoços na casa da minha mãe Tetê. Ela sempre montava esta composição em dias que as atividades maternas estrapolavam o conceito tempo-espaço. A versão dela era de carne moída e aí eu criei o de ragu de calabresa para a Danada da Nanda.
A base é um arroz integral feito com cebola e salsão. As ervilhas são "frescas" o que no caso quer dizer "não são em conserva", logo, são mais firminhas e saborosas. Cozidas em água não levam sal pois isso a calabresa já tem bastante. Os ovos são cozidos e ralados.
O Ragu, ah, o ragu. Este eu me delicio só de contar a receita. Primeiro retiro aquela capinha da calabresa defumada e pico ela em cubinhos. E pode ser 6h ou 17h não me privo de beliscar vários quadradinhos enquanto vou fazendo montanhazinhas de calabresa. E vai tudo para a panela junto com as cebolas também em pequenos pedaços.
Ali no fogo, a calabresa sua, sua, sua e vai emprestando sua gordura para fritar a cebola.Mas como ela é muito gorducha, sobra óleo que vou escorrendo da panela. Assim, ela fica mais magrinha.
Mais uma vez o salsão entra em cena e desta vez cortado bem fininho. Folhinhas de alecrim fresco e algumas de manjericão são acrescentadas. Quando tudo está bem quente é a hora de uma copo de vinho tinto e seco regar os componentes.
Neste momento, o aroma que inunda a cozinha é dos deuses.
É chegada a hora da polpa de tomate. Despejada por ali ela ferverá por cerca de 30 minutos em fogo baixo. A troca de aromas neste momento é o que caracteriza este prato como um ragu. Gosto de terminar a receita e deixar a carne abafada por mais meia hora, pelo menos, antes de servir as marmitinhas.
De volta à montagem do prato: arroz integral, ervilhas frescas, ovos cozidos ralados e um banho de ragu por cima disso tudo.
Precisa mais alguma coisa?
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