Molho para nhoque: de abóbora e
de calabresa
Escolha qual vai para à mesa
O almoço deveria agradar a dois
amigos naturebas e outros três incapazes de sobreviver sem um mínimo de carne.
O tempo estava curto e a praticidade deveria ser minha maior aliada. Para
acompanhar o clima quente de Sorocaba: duas garrafas de espumantes bem
geladinhos e de entrada uns pimentos temperados. Tudo isso sem nenhuma adição
de gordura, afinal, é disso que eu realmente entendo.
Olhei para aquele quilo de abóbora
da quitanda e logo fui juntando com os dois quilos de nhoque lindo leve e
solto e já prontinho na casa de massas.
Passei a mão e um talo de alho-poró, uma cebola grande e escolhi um
pimentão de cada cor para fazer as entradinhas. No mercado peguei um
copo de requeijão light e bons 500g de queijo pecorino para ralar e
um pedacinho de queijo brie para beliscar.
Em casa, mandei logo a bebida
para o freezer, descasquei a abóbora, a cortei grosseiramente e mandei para
panela com um litro de caldo de legumes mantido estrategicamente na geladeira.
Enquanto cozinhava linda e laranja na panela, fui picando metade da parte
branca do alho-poró em partes pequeninas. A outra metade seguiu para o
liquidificador com a cebola igualmente descascada e ficaram à espera da moça
cor-de-laranja.
Aí foi só bater a abóbora e seu
caldo, a cebola e o alho-poró e mais um copo de leite no liquidificador e
voltar tudo para panela por cerca de 5 minutinhos para apurar um tanto antes de
acrescentar nós-moscada e pimenta-do-reino branca. Joguei o copo de requeijão
naquela quentura toda, tampei a panela e deixei para misturar na hora de
esquentar o molho.
Estava tudo indo muito bem. As
próximas etapas eram: banho, uma taça de espumante, cortar os pimentos, e fazer
um molho de limão com azeite e ervas para beliscar com o brie. Foi quando, já
no banho, lembrei da carne. Que carne¿ A carne dos amigos que precisam de carne
para se sentirem completamente satisfeitos durante a refeição.
Era tarde. Os mercados já tinham
fechado e meus queridos estavam rompendo no portão. Ah não, depois de tanto
capricho não ia deixa-los na mão. Percorri a dispensa e lá estavam elas
defumadas e sorrateiras olhando para mim: as calabresas. Oba.
Em quadradinhos, cinco foram
parar em uma mistura de 200 ml de água com açúcar aquecidos no fundo de uma
frigideira. Desta forma, sem um tico de óleo a mais e nem a menos, por ali
cozinharam. O caldo secou, a sua gordura ela soltou e ali mesmo, com uma gorda
pitada de pimenta calabresa seca, fritou por outros cinco minutinhos.
Caso resolvido. Muita conversa,
beijos e abraços, causos e risadas estavam os pimentões cortados em tirar e
mergulhados em uma mistura de 3 colheres de azeite, uma pitada de sal, outra de
nós-moscada, suco de um limão grande e manjericão cortado bem fino. O brie e
sua faca estavam logo ao lado e foram sumindo conforme a fome aumentava.
Um por um – E como todo bom
cozinheiro gosta, chegada a hora do almoço fui servindo um a um. Para os
vegetarianos apenas o nhoque com molho de abóbora e uma tempestade de queijo pecorino
para finalizar o prato. Aos amantes da carne foi só acrescentar uma chuva de
calabresa por cima do molho e cobrir com queijo. Afinal, de queijo todo mundo
gosta!
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